quarta-feira, 24 de abril de 2019

Margareth Coelho, uma deputada a serviço de Bolsonaro, dos banqueiros, e contra as mulheres trabalhadoras

Wellington/PT e Margareth/PP defendem reforma da previdência: aliança contra a classe trabalhadora



Por: Patrícia Andrade e Yara Ferry,  da direção do PSTU/Piauí


A deputada federal Margareth Coelho (PP) faz parte da bancada de parlamentares piauienses que dão sustentação ao governo de ultra-direita Jair Bolsonaro no Congresso Nacional. Membro da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, ontem ela votou juntamente com mais 47 parlamentares a favor da Reforma da Previdência, que beneficia principalmente os banqueiros e ataca sobretudo as mulheres trabalhadoras, aumentando a idade mínima para aposentadoria, reduzindo o valor das pensões para as viúvas, entre outros ataques. Quais as lições que podemos tirar com a postura de Margareth Coelho no Congresso Nacional?

Uma delas é que o chamado “empoderamento” feminino, deslocado da questão de classe social, é apenas parte de um falso discurso de que a “democracia” está sendo fortalecida por mulheres que avançam na ocupação de espaços políticos na sociedade. Na prática, a “empoderada” Margareth Coelho está a serviço de um governo reacionário, machista, e lgbtfóbico, e que tem ligações estreitas com milicianos, que mataram a vereador Mariele Franco (Psol-RJ). Logo Margareth, que participou de ato público em repúdio à morte de Mariele, em frente ao Memorial Esperança Garcia, e que dizia estar na linha de frente contra o feminicídio?

A trajetória de Margareth tem origem política nas oligarquias da região sul do Piauí. O PT, no entanto, tem grande culpa na projeção e eleição não só de Margareth Coelho, mas de praticamente toda a bancada de deputados e senadores que fazem parte hoje da base de apoio do governo Bolsonaro. Os aliados na eleição do governo Wellington/PT no Piauí são os mesmos que se aliaram nacionalmente com Bolsonaro desde o início do ano para aprovação de medidas contra a classe trabalhadora, como a reforma da previdência: Ciro Nogueira, Iracema Portela, Júlio César, Marcelo Castro, Margareth Coelho, ... Isso, na verdade, não é tanto de se estranhar, já que Wellington Dias é um dos governadores que mais defendem uma reforma da previdência que afetará sobretudo aos mais pobres.

A projeção de Margareth pelo PT também tem outro fator. Ela foi vice-governadora de Wellington Dias (2014-2018) e soube vender uma falsa imagem de que defende a causa das mulheres, ao se colar ao movimento feminista policlassista petista durante todo o mandato. A postura de Margareth na votação da CCJ, ontem, mostrou que a deputada sempre esteve contra as mulheres da classe trabalhadora, e a favor das mulheres da classe dominante burguesa que se sustenta a partir da exploração dos mais pobres. Mostrou ainda os limites do movimento feminista policlassista que existe para garantir o "bom" funcionamento do sistema capitalista, que oprime, explora e mata as mulheres da classe trabalhadora.

É hora das mulheres e homens da classe trabalhadora fazerem a luta unificada contra a reforma da previdência, na construção de uma greve geral em nosso país. Por isso, é importante nossa participação nos atos convocados pelas centrais sindicais, dentre elas a CSP Conlutas, para o dia 1º de Maio, Dia Internacional da Classe Trabalhadora. Em Teresina, o ato acontecerá nas imediações do CSU do bairro Parque Piauí, zona sul, a partir das 8h.

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