sábado, 10 de julho de 2010

10/07/10

PSTU no Piauí realiza seu primeiro seminário de
governo estadual com apoiadores e militantes


Mais de 60 pessoas compareceram ao primeiro debate sobre Programa de Governo Estadual que o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado, PSTU, está realizando no Estado do Piauí. Serão trabalhados diversos temas como Reforma Agrária, Geração de Renda e Emprego, Educação, Saúde, Energia e Opressão.

Nessa primeira etapa do calendário de debates, o tema dominante foi a do Cerrado Piauiense e Política Agrária no Piauí. Foram convidados entidades que já tem militância nesse setor como a Cáritas Brasileira, as Pastorais Sociais, a Furpa e o doutorando em Economia Piauiense, Acelino Madeira.

Os debatedores abordaram sobre os dados e a realidade do Cerrado Piauiense e o nosso semiarido. Segundo todos eles, o Piauí está sendo tomado pelo agronegócio. Há a volta da monocultura, da semiescravidão e o desmatamento de nossas riquezas naturais pelas grandes empresas agroexportadoras. A Bunge, a Suzanno Celulose e BC Carbon estão produzindo uma desertificação silenciosa em todo o sertão nordestino.

Para a grande maioria dos participantes e convidados que estavam no seminário, foi bastante esclarecedor as informaões trazidas pelos convidados. Reginaldo Muniz, da Fundação Rio Parnaiba, entidade ecológica, por exemplo, além de fornecer os números de hectares desmatadas pelo agronegócio, ele também denunciou a política de conciliação e traição do PC do B junto às entidades governamentais do Meio Ambiente. Segundo Reginaldo, o PC do B vem apoiando todas as matanças ecológicas existentes no país e auxiliando as grandes empresas agroexportadoras a se instalarem no no Cerrado Piauiense através de grandes isenções fiscais.

A pior ilustração desse apoio e compactuação com o agronegócio por parte desse partido dentro dos órgão governamentias foi, agora, a aprovação do Código Florestal que, dentre outras eliminações de ações ecológicas ambientais, traz a livre desmatação em margens de nossos rios fluviais.
Já os professores Alborino Teixiera, das pastorais sociais, João Oliveira, da Cáritas, e Acelino Madeira, doutorando em Economia Piauiense pela UFPI, abordaram a prática da exploração feminina no campo, a implantação de políticas de isenções fiscais ao agronegócio, causando um grande buraco fiscal na nossa economia fragilizada, e a instalação da exploração do homem rural por essas empresas, chegando ao ponto de se instalar a semi-escravidão na zona rual piauiense.

Para sair dessa situação colocada pelo capitalismo no nosse sertão e cerrado, todos foram unânimes em apresentar um programa agrário voltado para o assenatamento do homem no campo, no investimento da produção familiar e na luta pela Reforma Agrária.


Para terminar, o professor Acelino Madeira também atacou os dados governamentais que demonstram crescimento e desenvolvimento em nosso Estado. Para ele, há muita manipulação não só nos dados como na consciencia de nossa população através da mídia e da matérias publicitárias pagas com o dinheiro público.

Acelino Madeira afirma que o que realmente persistir em nossa economia é uma absurda concentração de riquezas nas mãos de poucos. Sobre a propaganda do governo em cima do aumento de nossa receita, Madeira coloca que, houve sim um aumento dessa receita, porém, ela incidiu foi no ICMS. Ou seja, para o professor há dois fatos ai. Um, o governo do Estado do Piauí, nas mãos dos petistas, souberam silenciosamente aplicar um política de aumento tributário que incidiu nos produtos de consumo; segundo, como a força do crescimento da receita veio via ICMS, isso não significa dizer que hove desenvolvimento produtivo. O que existe mesmo é uma bruta concentração de renda em um setor minoritário, a classe média. Que, segundo dados do professor, representa 12% de nossa sociedade.

A primeira etapa do Seminário de Programa de Governo Estadual do PSTU no Piauí finalizou com a fala do nosso candidato ao governo do Estado do Piauí, Geraldo Carvalho, denunciando as campanhas milionários dos partidos tradicionais (PMDB, PSDB, DEM, PTB) e também do PT, que irão investir mais de R$ 40 milhões nessas eleições.

Geraldo colocou que o PSTU não compactua com os financiamentos das campanhas eleitorais pelas multinacionais, pois isso representa o fim da fronteira da independência de classe. O PSTU, ao contrário, repudia esses financiamentos.

O candidato do PSTU colocou que quem paga, na verdade, as campanhas dos nossos candidatos são os trabalhadores. Para isso o PSTU realiza uma Campanha Financeira Nacional vendendo rifas e coletando apoio dos trabalhadores.