quinta-feira, 5 de março de 2015

Central Sindical convoca mobilizações e paralisações em todo o país para o dia 6 de março

O objetivo é defender os direitos dos trabalhadores ameaçados com a política de ajuste fiscal do governo federal, estaduais e municipais. O PSTU se soma ao chamado da Central Sindical e Popular (CSP - Conlutas) e afirma que não participará das mobilizações em defesa do governo e nem dos atos impulsionados pela oposição de direita
 
A CSP-Conlutas, suas entidades e movimentos filiados convocam para esta sexta-feira, 6 de março, um dia de lutas e paralisações contras as medidas do governo federal que retiram direitos trabalhistas e previdenciários. As atividades em todo país exigirão também da Presidenta Dilma uma medida provisória que garanta estabilidade no emprego, diante das demissões em massa nas montadoras e no setor da construção civil. Em Teresina, o ato acontece em frente à empresa Servisan, na avenida Miguel Rosa, bairro Piçarra. Lá, haverá ainda assembleia geral dos trabalhadores da Limpel e Servisan, que estão em greve e lutam pelo pagamento de salários e direitos atrasados. Representantes de diversas categorias participarão do ato, que também vai demonstrar apoio aos trabalhadores terceirizados em greve", afirma Daniel Solon, presidente do diretório municipal do PSTU de Teresina.

"O que temos visto até agora no nosso país é a tentativa dos governos e das empresas de colocarem a conta da crise econômica que se agrava para os trabalhadores pagarem. Somos nós que estamos sofrendo as principais consequências da crise. São os nossos postos de trabalho que são fechados. É a edição de medidas provisórias que retiram nossos direitos, como as MPs 664 e 665. É o aumento da precarização do trabalho que nos são impostas. Sem falar na corrupção, nos cortes de recursos das áreas sociais e no aumento dos preços dos alimentos, luz e gasolina. O dia 6 será uma resposta dos trabalhadores a esta situação. Vamos construir paralisações e manifestações para defender nossos direitos e começar a preparar uma greve geral", afirma Zé Maria, metalúrgico e presidente nacional do PSTU. 

O PSTU se somará às mobilizações do dia 6 e afirma de forma contundente que não participará das mobilizações do dia 13 convocada pelos setores governistas para defender o governo Federal. O partido socialista muito menos participará dos atos do dia 15 impulsionados pela direita tradicional. "O PSTU apoia e constroi o 6 de março, dia nacional de luta, convocado pela CSP Conlutas. Nem o dia 13, chamado para defender o governo, nem o dia 15, impulsionado pela direita, nos representam! Vamos às ruas no dia 6 de março contra os ataques aos nossos direitos implementados pelo governo do PT e contra a ofensiva da direita que não tem moral pra falar  em impeachment! Os trabalhadores tem alternativa! Dia 6, vamos construir paralisações e mobilizações em defesa dos nossos direitos", defende Zé Maria. 
 
"Os atos do dia 6 não se confundem com as iniciativas do PT e da CUT e nem com os setores da ultradireita, da velha elite brasileira e do PSDB", confirma Atnágoras Lopes, da CSP Conlutas. 
 
Atividades ocorrerão em todo país durante o dia em diversas categorias. Os operários da construção civil de Belém (PA), por exemplo, já decidiram que paralisarão os canteiros de obras e farão uma manifestação pelas ruas da capital paraense. Os trabalhadores da construção civil de Fortaleza (CE) também farão paralisações e, às 16h, na Praça do Carmo, diversas categorias se unem às mulheres para o ato antecipado do 8 de Março. Um ato nacional, que reunirá diversas caravanas do país, será realizado no Rio de Janeiro, às 16h, na Praça da Cruz Vermelha, região central da cidade.
 
As bandeiras do 6 de março:
- Contra o ajuste fiscal e as reformas dos governos federal, estaduais e municipais;
- Revogação das MPs 664 e 665;
- Arquivamento do PL 4330 das terceirizações;
- Pelo fim das demissões e pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários;
- Em defesa da Petrobrás 100% Estatal. Punição, confisco dos bens e prisão de todos os corruptos e corruptores, desde o governo FHC;
- Contra os cortes no orçamento das verbas da educação e saúde;
- Pela suspensão do pagamento da dívida pública aos banqueiros.