Hospitais Super Lotados, A Quem Serve?
O Sistema Único
de Saúde, em sua essência, é um dos sistemas de saúde mais avançados do mundo, fruto
da mobilização e luta da classe trabalhadora brasileira. Um modelo de saúde com
foco na eliminação dos fatores biopsicossociais do adoecimento por meio da
implementação de políticas com vista à prevenção, promoção, proteção,
recuperação e reabilitação da saúde.
O que se
verifica em Teresina são hospitais de média complexidade localizados nos
bairros como Matadouro, Primavera, Buenos Aires, Promorar, Satélite, etc, Hospitais
de Urgência/Emergência lotados devido a proliferação de doenças - dengue,
chikungunya, viroses, pneumonia - facilmente combatidas se a atenção básica de
saúde, Postos de saúde, funcionasse de acordo com os preceitos elencados pelo
SUS.
Acontece que,
nos postos de saúde falta o básico para atender a contento as necessidades da população,
as equipes de saúde são impelidas a atender 4000 mil pessoas de uma determinada
área sem as devidas condições de trabalho para prestar um atendimento com
qualidade, os profissionais da saúde lotados nos Postos de Saúde de Teresina
enfrentam grandes dificuldades estruturais e operacionais: faltam salas de
nebulização e injeção, medicamentos, materiais de curativo, além dos mais
alguns postos de saúde não oferecem a marcação de consultas ambulatoriais
devido à ausência de conexão com a internet.
Assim, a
população não é atendida de forma adequada na atenção básica de saúde e por
isto procuram os hospitais de urgência/emergência com demandas simples, que
poderiam ser resolvidos nos postos de saúde, gerando uma superlotação nos
serviços de urgência/emergência.
O sucateamento
do SUS é realizado de forma intencional pela gestão pública, principalmente, os
governos do PT e PSDB. Estes não investem no sistema público de saúde e em
especial na atenção básica que é a responsável pelas ações de prevenção, proteção
e promoção da saúde, estimulam a população a procurar os serviços privados de
saúde servindo aos interesses dos empresários dos grandes hospitais de Teresina.
Uma população que não adoece não favorece aos empresários dos serviços
hospitalares.
O PSTU
reivindica 10% do PIB pro SUS, um sistema de saúde público, de qualidade e 100%
estatal. Investimento na atenção básica de saúde com ações adequadas de
promoção, proteção e prevenção da saúde de forma que estimule a adesão de estilos
de vida saudáveis. Uma atenção de média e alta complexidade com aparelhos de
tecnologia de ponta acessíveis a toda a população de acordo com as necessidades
de saúde do demandante.
* Déborah Silva - Assistente Social