quarta-feira, 15 de maio de 2019

Mais de 10 mil pessoas nas ruas de Teresina em defesa da Educação pública e contra a reforma da previdência

Ataques do governo Bolsonaro/PSL foram o motivo do protesto; manifestantes também denunciaram o governo Wellington/PT










A greve nacional da educação contou com forte adesão no Piauí. Estudantes, docentes e técnicos-administrativos de escolas públicas, do Instituto Federal do Piauí, da Universidade Federal do Piauí e da Universidade Estadual do Piauí tomaram as ruas de Teresina e de diversas cidades do interior e litoral do estado para protestar contra os cortes no orçamento da educação anunciado pelo governo Bolsonaro, que impactam as políticas públicas educacionais de conjunto, em todas as esferas: municipal, estadual e federal. A luta de milhares de pessoas que foram às ruas nesta quarta-feira também foi para dizer não à reforma da previdência que o governo federal quer aprovar no Congresso Nacional, que penaliza ainda mais os mais pobres e as mulheres, aumentando tempo de contribuição e também idade mínima para aposentadoria.

O ato foi um excelente ensaio, um “esquenta”, para a greve geral convocado pelas centrais sindicais, dentre elas a CSP Conlutas, para o dia 14 de junho, contra a reforma da previdência. Em nível nacional, também aconteceram atos massivos, que animam a classe trabalhadora, a juventude e o povo pobre a construírem, desde já, pela base, a greve do dia 14 de junho, agora com todas as categorias, para parar o país, em defesa do direito à aposentadoria, e contra a reforma da previdência que foi encomendada para garantir ainda mais dinheiro para os banqueiros.

No Piauí, em especial, um destaque foi a adesão de escolas públicas estaduais, municipais e da Universidade Estadual (Uespi) ao movimento. No caso da rede de ensino estadual, incluindo o de nível superior, é enorme o descontentamento de estudantes e trabalhadores/as da Educação com o governo Wellington Dias/PT. Tal governo implanta um processo de cortes de verbas precarizando escolas e a Uespi, a maior instituição de ensino superior do Piauí. Além disso, Wellington tem sido, dentre os governadores, o maior defensor de que se faça uma reforma da previdência para favorecer  banqueiros e prejudicar milhares de trabalhadores. Por isso, diante da insatisfação e revolta do funcionalismo estadual, até a representação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Piauí (Sinte), que tem forte peso de petistas em sua direção, foi às ruas para denunciar que a luta contra a reforma da previdência não é apenas contra o governo Bolsonaro. “Nossa luta também é contra o governo do Piauí, que inclusive já antecipou pontos da reforma”, afirmou Paulina Almeida, presidente do Sinte.

Para se ter ideia de quanto o governo do PT no Piauí tem aproximação com os ataques de Bolsonaro, no mesmo momento em que em torno de 10 mil pessoas marchavam no centro de Teresina contra a reforma da previdência nesta quarta-feira, representantes do governo confirmavam, em audiência pública na Assembleia Legislativa, que Wellington pediu permissão, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), para revisar 36 mil aposentadorias de servidores estaduais. Na prática, Wellington quer fazer com que muitos aposentados sejam desligados da previdência estadual e sejam considerados aposentados pelo INSS, o que vai resultar em diminuição de aposentadorias e pensões.

Para barrar os ataques de Bolsonaro, de Wellington Dias, e também das administrações municipais como a de Firmino Filho (PSDB/Teresina), é preciso continuar apostando na luta unitária da classe trabalhadora e juventude. Os atos públicos desta quarta-feira foram grandiosos em todo o país e comprova a disposição de luta dos trabalhadores e trabalhadoras e estudantes para defender direitos como a aposentadoria e a educação. Agora é hora de fortalecer a organização e luta para construir uma forte greve geral em 14 de junho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário