quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Secretaria LGBT do PSTU no Piauí será lançada em debate na nesta sexta-feira (08)



O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) lançará na próxima sexta-feira (08), a partir das 18h30, a Secretaria Estadual LGBT do partido no Piauí. Para dar visibilidade à discussão da diversidade sexual e fazer o chamado para a organização dos LGBT , os militantes do partido promovem uma roda de diálogo com o tema “Debate LGBT: Reforma ou Revolução?” com o objetivo de tecer discussões sobre a realidade dos LGBTs na conjuntura atual brasileira e piauiense bem como seus desafios políticos de enfrentamento à discriminação.

O debate faz parte da edição do projeto "Sexta Socialista" realizado uma vez por mês pelo PSTU em Teresina. Após o debate, haverá atividade cultural. A roda de diálogo vai contar com a contribuição e acúmulo de militantes do movimento LGBT no Estado. Dentre os debatedores estarão o bacharel em direito Lourival Carvalho, da juventude do PSOL, e a secundarista Mary Silva, da Assembleia Nacional de Estudantes Livre (ANEL); além de Herbert Medeiros, do Grupo Matizes, e do professor Amarildo Júnior, representante da Secretaria Estadual LGBT do partido.

A atividade será realizada no quintal cultural da sede do PSTU, localizada na Rua Desembargador Freitas nº 1849 (cruzamento com a rua Arêa Leão), Centro de Teresina. A entrada é franca e aberta a toda a sociedade.

A homofobia no Piauí como desafio para a organização política

 O Piauí surge no cenário nacional como o estado da federação com os menores índices de criminalidade, situando-se entre os menos violentos se comparado a outros estados brasileiros. Ao mesmo tempo, os piauienses aparecem como os mais homofóbicos do país, registrando altos índices de homicídios contra homossexuais.

Localizada na região mais homofóbica do Brasil, Teresina ainda é considerada a capital mais perigosa do país para homossexuais, com 15,6 homicídios para pouco mais de 800 mil habitantes. A nível estadual, os piauienses vem ocupando uma triste e séria colocação no ranking do número de assassinatos a homoafetivos (LGBT). De acordo com o Relatório Anual de Assassinato de Homossexuais do Grupo Gay da Bahia (GGB) relativo a 2012, o Piauí é considerado, em termos relativos, o 3º estado mais perigoso para homossexuais, com 15 mortes (4,7 por milhão de habitantes) registradas somente no ano passado.

Segundo o Grupo Piauiense de Transexuais e Travestis (GPTrans), somente este ano, já foram registrados quatro assassinatos de travestis no Piauí. Dados alarmantes que chamam à atenção para o debate de políticas públicas nos seus mais diferentes âmbitos (educativo, trabalhista, penal, dentre outros) que se apliquem e modifiquem diretamente a triste realidade LGBT.

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