segunda-feira, 17 de setembro de 2012

PSTU é o partido que tem mais candidatas mulheres


Somos metalúrgicas, professoras, costureiras, funcionárias públicas, metroviárias, comerciárias, estudantes, trabalhadoras que lutam para transformar o mundo
Secretaria Nacional de Mulheres do PSTU
O PSTU acredita na força das mulheres trabalhadoras, por isso, temos muitas candidatas mulheres. Em reportagem veiculada no dia 27 de agosto, pelo Diário da Indústria e do Comércio, foi divulgado que nessas eleições municipais de 2012, o PSTU é o partido com o maior percentual de candidatas mulheres, 42%, dentre todas as candidaturas do partido.
Metalúrgicas, professoras, costureiras, funcionárias públicas, metroviárias, comerciárias, estudantes. Mulheres trabalhadoras, guerreiras, lutadoras que estão colocando todas as suas forças a serviço da divulgação do programa do partido nessas eleições. Elas estão, nos poucos segundos de programas eleitorais, denunciando a violência contra a mulher, nas portas de fábrica defendendo o emprego, colocando suas campanhas a serviço das greves que enfrentam o governo Dilma, a serviço das campanhas salariais do 2º semestre, denunciando a corrupção e apresentando o socialismo como uma alternativa de sociedade.
Estamos muito orgulhosos de sermos o partido com mais candidatas mulheres, porque nos esforçamos sinceramente para fazer com que as mulheres da classe trabalhadora se desenvolvam politicamente e se consolidem como grandes dirigentes políticas da nossa classe. O PSTU se preocupa com a formação política dessas mulheres porque a vida das trabalhadoras sob o capitalismo, a dupla jornada de trabalho, os baixos salários, a responsabilidade com os filhos, a violência dentro e fora de casa criam obstáculos reais para que as mulheres se desenvolvam politicamente. O PSTU quer transformar a força das mulheres que enfrentam essa realidade em força para transformar o mundo.
A história do capitalismo nos tirou da vida política
O desenvolvimento da divisão social do trabalho e da propriedade privada localizou as mulheres no espaço doméstico, dentro de casa, com responsabilidade sobre as tarefas desse ambiente, cuidando do lar e da família. O papel social de todo o trabalho desenvolvido nesse âmbito foi totalmente desconsiderado e desvalorizado. O arranjo social que privou as mulheres da vida pública e da produção social passou a ser explicado como condição natural da mulher, ou seja, que seu corpo, sua mente e seu coração foram feitos para cuidar dos filhos, da família e da casa.

Se às mulheres ficaram essas tarefas, aos homens ficou a tarefa da produção social, do convívio social e, portanto, a ocupação das tarefas políticas, públicas, das pesquisas, dos estudos, tudo o que era reconhecido como desenvolvimento da sociedade ficou sob responsabilidade dos homens. As mulheres que se localizaram em tarefas como essas o fizeram enfrentando muito preconceito e muitas delas foram apagadas pela história.
Somos oprimidas e exploradas pelo capitalismo
O machismo é uma ideologia que naturaliza a ideia de que as mulheres são frágeis, fracas, inferiores. Essa ideia é utilizada para superexplorar as mulheres. A forma de superexploração foi se alterando de acordo com suas necessidades de acumulação. Em determinados momentos, ela se manifestava majoritariamente sobre o trabalho doméstico não pago. Hoje, a presença de 46% de mulheres no mercado de trabalho brasileiro demonstra que a superexploração das mulheres também se manifesta no trabalho fora de casa, nas fábricas, escolas, no comércio, no setor de serviços em geral.

A presença das mulheres no mercado de trabalho é consequência de lutas históricas, que questionaram todas as regras impostas às mulheres. Entretanto, o capitalismo transformou essa conquista em superexploração. Mas, ainda que sob essas condições de superexploração, nossa localização na vida produtiva nos dá condições de insurgimos contra esse sistema. Somos hoje parte determinante da força da classe trabalhadora.
Somos fortes para lutar pelo socialismo
Essa situação concreta das mulheres faz com que muitas trabalhadoras sejam parte ativa das lutas da classe trabalhadora no Brasil e no mundo. A luta dos trabalhadores europeus, enfrentando as consequências da crise econômica no continente, conta com uma presença muito expressiva das mulheres. Isso ocorre porque como parte do setor mais superexplorado da classe, as mulheres trabalhadoras são as que mais sofrem com os planos de austeridade fiscal, que retiram direitos, como licença maternidade, educação e saúde pública de qualidade, etc.

Aqui no Brasil, a recente greve do funcionalismo, categoria em que as mulheres são maioria, colocou milhares de mulheres nas mobilizações, nas assembleias, nas reuniões de negociação com o governo. Dentre essas mulheres, está nossa companheira Ana Luiza, grevista do judiciário e candidata a prefeita de São Paulo pelo PSTU. As lutas da Educação que se desenvolveram no ano passado também tiveram muitas lutadoras a frente, como a companheira Amanda Gurgel, que na época da greve teve um vídeo assistido por 2 milhões de pessoas e hoje é candidata a vereadora pelo partido em Natal e provavelmente estará entre os mais votados.
As campanhas salariais das categorias operárias também contaram com a presença de mulheres guerreiras, como Santana Costa, dirigente do Sindicato da Confecção Feminina de Fortaleza e candidata a vereadora na cidade, categoria esta que também trouxe para luta nossa companheira Vera Lúcia, candidata a prefeita de Aracaju, em terceiro lugar nas pesquisas.
Outras categorias de importância entrarão em luta no 2º semestre e terão em algumas candidatas um espaço forte de divulgação, como fará Laura Leal, petroleira e candidata a vereadora de Campinas ou Raquel, carteira, candidata a vice-prefeita de São José dos Campos.
Silvia, Marisa, Veras, Letícia, Vanessa, Joaninha, Mari, Mariah, Lourdes, Mayara, Victória, Marília, Lígia, Rosângela, Carine, Elianas, Cláudia, Claudicéia, Tamires, Roberta, Josi, Lívia, Rielda, Mônica, Renata, Fátima, Nise, Dayse, Kelly, todas guerreiras lutadoras que expressam a importância das mulheres para a luta pelo socialismo e que neste momento dão o orgulho de compor a maior bancada de candidatas mulheres de um partido político. Com essa força, estamos demonstrando aos trabalhadores que as mulheres fortalecem a luta, que não são seres inferiores, que podem e devem participar da vida política, nas lutas e nas eleições.
Fonte: pstu.org.br

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