Por Tibério César, do Movimento Pró-Luta Popular
Repressão na madrugada: ação da prefeitura favorece a concentração fundiária e oprime os que necessitam de teto para viver |
Ocupantes fizeram barricada para resistir à derrubada das moradias |
No país inteiro os grandes empresários e os
governos, desde o federal até o municipal, estão alinhados na política de jogar
o peso da crise sobre as costas da classe trabalhadora e do povo pobre e negro
para garantir os altos lucros dos patrões.
Sem nenhuma base jurídica e sem ordem
judicial, mulheres e crianças foram acordadas com o ronco do motor do trator
enviado pela prefeitura para derrubar as casas. Foram obrigados a levantar e
resistir durante toda a madruga para evitar a desocupação, colocando os
capachos da prefeitura e seu trator para correr de lá.
Mal assumiu o mandato e já o inaugurou adotando
a mesma política do seu chefe, o presidente Michel Temer (PMDB). Uma política
perversa e tirânica, de total despreocupação com as mães solteiras,
desempregados, trabalhadores, crianças, idosos e pais de famílias que não tem
onde morar.
Assim como em Piripiri, o prefeito de Teresina,
Firmino Filho (PSDB), e o governador do estado, Wellington Dias (PT), seguem
aplicando o mesmo pacote de ajuste através dos projetos de lei que cortam
direitos, do corte de verbas dos gastos sociais e do aumento das tarifas.
Portanto, nós, do Movimento pró-Luta Popular,
e a CSP-CONLUTAS, ao tempo que nos solidarizamos aos ocupantes, repudiamos esse
ataque brutal do prefeito de Piripiri e exigimos a imediata regularização dos
moradores na área ocupada com a construção de casas populares para todos os
ocupantes. É preciso redistribuir as terras e combater os latifundiários e
especuladores para garantir o direito à moradia.
Acreditamos que só uma greve geral
será capaz de barrar os ataques dos patrões e dos governos, e de tirar todos corruptos
e reacionários do Congresso. Nesse momento, o Brasil precisa de um novo modelo
de governar, o socialista, um governo sem patrões, que seja governado pelos
próprios trabalhadores através conselhos populares. É preciso tomar as ruas
contra as reformas da previdência e trabalhista.
Não vamos deixar que tirem o nosso direito de
morar, não vamos recuar um milímetro, VAMOS RESISTIR!
Nenhum comentário:
Postar um comentário