Hoje (30/09) nós da Juventude do PSTU, junto
com a candidata de juventude de nosso partido, Verônica-1617, fizemos uma
atividade sobre a legalização das drogas e a desmilitarização da PM.
Estamos na reta final dessas eleições e para
nós, que usamos esse meio para conseguir estar em um contato maior com os trabalhadores
e a juventude, para nós é de extrema necessidade fazermos essas discussões, que
muitas vezes são polêmicas, mas que para nós são de extrema importância por que
através disso podemos discutir o modelo de sociedade que lutamos para
construir, o socialismo.
Começamos falando sobre a legalização e
descriminalização do uso de drogas, e para isso fizemos uma introdução sobre o
que são as mesmas.
"No Brasil a política proibicionista já
existem há 100 anos, e isso em nada mudou o uso de drogas no país, muito pelo
contrário, a cocaína era liberada por que era a droga mais consumida pelas
pessoas ricas, enquanto a maconha, por exemplo, era criminalizada por que quem
as usava eram os negros", pontuou Verônica. Devemos discutir também que
drogas, também são os remédio que precisamos usar para dormir, para ficarmos
alegres, para fazermos sexo, drogas também são o café e a Coca-Cola que
tomamos.
Para nós descriminalização e legalização das
drogas, se dará sob o controle dos
trabalhadores e do Estado, para que seja feito o acompanhamento e regulação dos
consumidores e que aquelas e aquelas que estejam em uma situação de risco
possam ser acompanhados e devidamente tratados, ao contrário do que é feito
hoje, aonde o Estado exclui e
marginaliza esses consumidores em estado mais grave. Precisamos de uma
política de drogas consequente, que realmente dê atenção as pessoas, e não que
use isso como desculpa para uma limpeza social.
Porque desmilitarizar a PM?
Vamos começar com um breve histórico da atua
PM: data de 1969, quando a Ditadura Militar, incorpora a Guarda Civil (GC) à
Força Pública. À GC cabia o policiamento urbano e sua dissolução fez com que o
policiamento ostensivo se tornasse prerrogativa da PM, que passa a ser
diretamente força de reserva do Exército. Data dessa época, por exemplo, o
surgimento do batalhão de choque¹.
Com isso, cabe a polícia civil o trabalho
investigativo e a PM o policiamento de rua. Esta suposta redemocratização não
mudou de fato a situação pois, retirou do Exército o controle da PM e a colocou na mão dos governos estaduais.
O debate sobre desmilitarização não é algo
novo, ele foi colocado em pauta, por exemplo, nos debates da Constituição de
1988, foi derrubado. Vemos que essa é uma política consciente do Estado, a
polícia militar, nos moldes de hoje serve somente para manutenção da democracia
dos ricos, e a cada dia que passa, vem matando mais jovens negros nas
periferias de nosso estado e País.
A Polícia Militar, vem cada vez reprimindo a
juventude negra e pobre da periferia e os movimentos sociais, e isso é fácil de
identificar, basta lembrarmos das manifestações de junho de 2013 e do
#contraoaumento, aonde estudantes e trabalhadores reivindicavam seus direitos e
a PM estava lá somente para jogar bombas
de gás lacrimogêneo e balas de borracha. Pra quem mora nas periferias da
periferia, chegar na avenida principal sem ser baculejado é um desafio, por que
para a polícia, os negros são a cor padrão nos boletins de ocorrência.
Para que a polícia seja desmilitarizada,
temos bandeiras democráticas de suma importância, as quais:
1. A polícia civil única, assim os trabalhos investigativos e
policiamento seria centrada em uma só organização, não subordinada as Forças
Armadas.
2. O livre direito de organização dos trabalhadores, que hoje caso façam
uma greve, são exonerados.
3. Fim das tropas especiais, cuja função atual é reprimir as
manifestações populares.
4. Que os mesmos, caso cometam alguma infração sejam julgados pela
justiça civil. Fim da justiça militar!
Além disso, os trabalhadores e trabalhadoras
devem ter formas de controle sobre a segurança pública, como o controle por
meio de eleições para os delegados de cada cidade ou zona. Porém a
desmilitarização só representará de fato um passo na transformação radical
dessa policia racista e tão distante dos trabalhadores e da população mais
pobre, nessa democracia dos ricos em que vivemos. Isso significa acabar, de
fato, com a polícia, reformulando o modelo de segurança pública e revolucionando
a sociedade.
Construir um instrumento de
luta dos trabalhadores e fortalecer as lutas.
Estamos na reta final das eleições burguesas, e está mais que na hora de
elegermos um representante do PSTU, pois um mandato de trabalhadores, fortalece
ainda mais as lutas dos trabalhadores.
Todos os nossos candidatos assinam um termo de compromisso, colocando
que não receberam os mesmos benefícios dos políticos tradicionais, recebendo os
mesmo salários que um professor e um operário qualificado. Queremos um governo dos trabalhadores, sem
patrões, e com a mobilização da juventude e da classe trabalhadora, por não
acreditarmos que a vida mudará por meio das eleições.
Para isso, precisamos fortalecer um instrumento de luta política
organizada, e o PSTU, chama a todos os trabalhadores e trabalhadoras a
construir esse instrumento e somar-se a nós para que juntos possamos lutar
contra esse sistema que nos explora e nos oprime todos os dias.
Juventude do PSTU- Piauí
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