domingo, 2 de fevereiro de 2014

Em defesa da água e da vida, não ao “Gás de Xisto”! Fracking, não!

foto: Portal Cidade Verde


O PSTU está atuando em unidade com ambientalistas do Piauí contra a exploração do gás do xisto (ou folhelho) através da técnica chamada de "fraturamento hidráulico" (fracking). 
Em dezembro, uma liminar da justiça federal no Piauí suspendeu os efeitos do 12° leilão da ANP, fato que teve grande repercussão entre ambientalistas de todo o país. A luta agora é pela anulação do leilão. 
Na última sexta-feira, militantes do PSTU, da Rede de Ambientalistas do Piauí (Reapi), CSP Conlutas, Anel e outros ativistas fizeram panfletagem na Ponte Estaiada, alertando a população sobre os riscos da exploração do gás de xisto (ou folhelho)
Novas e maiores lutas serão organizadas contra o fracking, no Piauí, em breve.
A nota do PSTU/PI (abaixo) foi distribuída na panfletagem realizada na sexta-feira. 



Em defesa da água e da vida, não ao “Gás de Xisto”!
É preciso lutar pela anulação do Leilão/privatização da ANP!

Propagandeada pelos governos Dilma (PT), Wilson Martins (PSB) e demais partidos de direita (PMDB, PSDB...) como uma oportunidade para gerar energia, empregos e desenvolvimento econômico, a extração do chamado “Gás de Xisto” trata-se, na verdade, de uma das maiores ameaças ambientais para o Piauí e para outros 11 estados brasileiros onde há tal minério.

Este tipo de exploração de gás é tema de uma grande polêmica internacional. Nos Estados Unidos (EUA), por exemplo, são inúmeras as provas da contaminação permanente de fontes de água e solo, causando inclusive mortes humanas por doenças causadas por substâncias químicas utilizadas pelo processo de extração do gás, que é realizado através do fraturamento hidráulico (fracking).

A exploração do “gás de xisto” no Brasil foi liberada pelo governo Dilma através da 12ª rodada de leilões da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Os leilões são grandes privatizações que copiam o projeto neoliberal do PSDB (o megacampo de Libra, do pré-sal, foi a maior entrega do patrimônio público para as grandes empresas). Além disso, a exploração do “gás de xisto” é totalmente questionável inclusive pelas grandes fontes de energia bem menos agressivas ao meio ambiente disponíveis no país.

Para garantir o lucro das grandes empresas, no entanto, os governos colocam em risco inclusive a vida humana. E para garantir que tal projeto seja implementado, usam o discurso do “desenvolvimentismo” para esconder a dura realidade em que vivemos: falta água para o consumo humano para grande parte da população piauiense, seja no semiárido, no litoral ou em vários bairros de Teresina.  Como permitir a extração do “gás de xisto” se este tipo de exploração necessita de uma enorme quantidade de água, além de ser altamente poluente das fontes hídricas?

A própria Justiça Federal reconheceu que não há estudos e pareceres técnicos de órgãos ambientais que dêem garantia de que a exploração do “gás de xisto” seja de fato segura, e por isso suspendeu temporariamente os efeitos da 12ª rodada de leilões da ANP no Piauí. No entanto, é preciso ir além da suspensão. É necessário garantir a ANULAÇÃO dos leilões em todo o país, já que a exploração do gás de xisto em outros estados também trará repercussões negativas para o resto do Brasil.

Neste sentido, nos somamos à luta da Rede de Ambientalistas do Piauí (Reapi) contra o “gás de xisto”, juntamente com outras organizações como a Central Sindical e Popular – CSP Conlutas. É preciso fazer uma ampla campanha contra o “fracking” no Piauí e em todo o Brasil, sem deixarmos de denunciar que a política energética do governo Dilma está a serviço de atender aos interesses das grandes empresas, com as privatizações dos nossos recursos naturais.

Teresina, 31 de janeiro de 2014.

Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado – PSTU

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