O prefeito Firmino Filho (PSDB) iniciou um novo mandato em
janeiro, mas as práticas são bastante conhecidas pelos servidores municipais,
que amargam arrocho salarial, retirada de direitos, retenção criminosa de
salários e intransigência em não abrir canal efetivo de negociação com o
Sindicato dos Servidores Municipais de Teresina (Sindserm).
A greve deflagrada pelo funcionalismo municipal no dia 18 de
fevereiro foi a resposta encontrada pela categoria diante da intransigência do
prefeito em discutir as pautas apresentadas pela categoria logo no início do
ano de 2013. Mostrando que não tem
interesse em melhorar as sofridas condições de trabalho e péssimos salários dos
servidores, Firmino fez vista grossa às reivindicações e tratou de priorizar
a aprovação de uma reforma
administrativa que criou mil novos cargos comissionados na prefeitura, para
atender aliados políticos e empresas privadas que financiaram a campanha
eleitoral tucana.
A reforma administrativa para agraciar aliados, é claro,
está sendo paga pela população de Teresina e já está custando muito caro aos
servidores municipais, de diversas áreas. Cortes de gratificações, adicionais
de insalubridade e periculosidade, e vantagens salariais foram retiradas dos
servidores que – em alguns casos – chegaram a passar dificuldades para garantir
alimentação da família. Tais ataques, no entanto, foram criados pelo prefeito,
para tentar tirar o foco da campanha salarial dos servidores que amargam perdas
de cerca de 47% nos últimos anos.
O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), ao
mesmo tempo em que manifesta total e irrestrito apoio à greve dos servidores
municipais, exige que o prefeito devolva os salários e gratificações dos/as
trabalhadores e atenda às justas reivindicações do funcionalismo, assim como
revogue a reforma administrativa que “sanguessuga” recursos importantes que
deveriam ser destinados à reforma de escolas, creches (CMEIs) e hospitais,
cujas condições de funcionamento estão deploráveis.
Respeito e unidade
para enfrentar os ataques da prefeitura! Chega de ofensas e calúnias!
A greve dos servidores municipais requer a mais ampla
unidade da categoria para que a luta contra cortes de direitos e por melhoria
salarial seja vitoriosa. Nós do PSTU apostamos na unidade das diversas
correntes que fazem parte da direção do Sindicato, para que a categoria se
sinta ao máximo segura no movimento grevista que acabou de ser deflagrado.
O chamado à unidade, no entanto, não quer dizer que devamos
esquecer as profundas diferenças que nós do PSTU temos como outros agrupamentos
políticos que fazem parte da diretoria do Sindserm (APS/PSOL, CSOL/PSOL e PCO).
O que queremos – e o que a categoria de servidores
municipais espera – é que as evidentes divergências que temos sobre concepção
de movimento sindical não descambem para os ataques pessoais, picuinhas e
calúnias, desviando o foco das assembléias.
Caluniadores não
apresentam provas
Acusar sem provas é uma das práticas mais desonestas e
irresponsáveis que infelizmente ainda permeiam os movimentos sociais. Na
primeira assembléia geral do ano, alguns diretores do sindicato (ligados ao PCO
e PSOL) levantaram várias suspeitas sobre a postura de nossos militantes na
direção do Sindserm. Disseram, dentre outras coisas, que a tesoureira do
Sindicato havia sido destituída em reunião de diretoria da entidade, o que é
uma grande mentira.
Diante das insistentes e irresponsáveis acusações sem provas
levadas a público, propusemos, na assembléia, a realização de uma reunião de
diretoria – de caráter aberto – para que denúncias fossem entregues formalmente
à direção do Sindserm, para serem posteriormente apreciadas em assembléia geral
específica. A proposta foi aprovada pela categoria mas, infelizmente, a reunião
foi realizada no dia 16 de fevereiro sem que NENHUMA DENÚNCIA FORMAL fosse
apresentada pelos acusadores.
O PSTU chama publicamente o PSOL e PCO para que seja encerrada a campanha caluniosa ora em curso e que só desgastam e enfraquecem as relações políticas entre as diversas correntes, e acabam por desviar o foco da importante luta que travamos. E fazemos novamente um desafio às correntes sindicais que covardemente nos caluniam: apresentem denúncias formalmente ao Sindicato para que a categoria, em assembléia geral específica, analise os documentos e aprove os devidos encaminhamentos! “Só a verdade é revolucionária!”
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