quinta-feira, 6 de outubro de 2011

NOTA DE APOIO ÀS GREVES DA CATEGORIA BANCÁRIA E DOS TRABALHADORES DOS CORREIOS!

Teresina, 5 de outubro de 2011

Os bancos nunca lucraram tanto. Os Correios também lucram de forma impressionante. Mas o que a categoria bancária e os trabalhadores dos Correios têm em comum? São trabalhadores/as que contribuíram decisivamente para a altíssima lucratividade das empresas e que agora estão em greve justamente para reverter a degradante situação salarial e de precarização do trabalho em que se encontram. Mas de que lado está o governo Dilma?
A maioria dos trabalhadores acredita que Dilma é um governo dos trabalhadores e se sente representada por ela. Infelizmente, isso não é verdade. As categorias em greve estão fazendo experiências importantes com o governo. São greves justas, em luta por aumentos salariais. Uma parte importante desses trabalhadores tem como adversário o próprio governo, como no caso dos Correios ou dos trabalhadores dos bancos estatais, Banco do Brasil e Caixa Econômica.
Se fosse de verdade um governo dos trabalhadores, de que forma Dilma deveria encarar as greves? Logicamente deveria apoiá-las, certo? Mas ela não apoiou. Então, pelo menos não deveria reprimi-las para manter a coerência da origem do PT e da CUT, certo? Mas não é isso que está acontecendo.
Ao contrário, o governo orientou o corte do ponto nos grevistas dos Correios e entrou na justiça contra a greve. Os bancários têm que enfrentar o “interdito proibitório”, uma manobra jurídica do governo e dos banqueiros para impedir e reprimir os piquetes. A dureza do governo se enfrenta com a radicalização dos trabalhadores, que querem reajustes salariais e melhores condições de trabalho.
Dilma tem essa postura agressiva para salvaguardar os interesses dos banqueiros, como parte da atitude da burguesia, preocupada com a evolução da crise econômica internacional. Querem negar aumentos reais para defende os lucros ainda maiores para as empresas, na preparação para prováveis efeitos da crise no Brasil.
Não é por acaso que Dilma tem essa posição. Em cada passo de sua administração vemos laços fortíssimos do governo com as grandes empresas. Já vimos como o governo apoiou a privatização do Correios, para formar a “Correios S.A.”. Já vimos como Lula e Dilma ampliaram a manutenção das mais altas taxas de juros do mundo, beneficiando os banqueiros.
Por isso, conclamamos a solidariedade do conjunto do movimento sindical e popular em apoio aos trabalhadores/as bancários e dos Correios em greve e exigimos de Dilma a anulação da privatização dos Correios e a estatização do sistema financeiro.

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